Diz que precisa de mim, e eu não sei por quê...

Ah, antes precisassem de mim para concluir o trecho da música-título. Nem pra coisas simples, menos ainda pra isso. Acho que eu tô começando a ficar neurótica, sabe??? Bem, talvez mais do que imagino que fosse. Não aguento mais ficar cercada de pessoas legais e não tê-las. Não aguento mais ser motivo de ciumes de namoradas neuróticas. Não aguento mais persistir na 5ª série (piada interna). Não aguento mais ver um desfile de carinhas legais que me querem para conversar somente e namoram coisas completamente escrotas. Como se para todos eles tivesse sido destinada uma vulgarzinha sem classe. Parece que os descoladinhos têm que ter as tontinhas. Mas eu não quero ter tontinhos, eu quero pessoas que falem sobre coisas legais, façam coisas legais e simples, e que não sejam grudentas.
Certas horas eu tenho medo de namorar de novo. Eu nunca fui muito fã da palavra namoro, me lembra sempre os namoros chatinhos que vejo por aí e sempre fico desejando não cair numa dessa (ainda não aconteceu, porque sempre cuidei, mas..). Acho que não combina comigo, combina mais ser o que pensam de mim: a pensadora inteligente descoladinha admirada pelas meninas e querida pelos meninos sempre solteira. Acho que o que me resta é isso mesmo. Já disse uma vez que acreditava que as pessoas sempre acham alguém não importa a aparência ou status social, em uma certa época da vida, mas acho mesmo que não vai rolar pra mim.
Estou mais velha, mais calejada, trabalhando, na faculdade e vou às festas que as pessoas vão para um casinho sem compromisso depois de uns gorós a mais para conversar e fazer amigos (que ironicamente são sempre meninos). Sinceramente não acho necessariamente legal me usar de nada para fazer qualquer coisa. Isso vem naturalmente, não gosto de coisas artificiais, ainda mais se tratando da minha vida.
Bem, eu tenho a minha mente superexcitada devido ao uso desde pequena da criatividade. Não sei se vejo demais, vejo de menos, ou vejo o que é mesmo. Não consigo interpretar as atitudes das pessoas corretamente pelo uso mental excessivo, tudo fica tão distorcido que não sei se posso acreditar nas minhas conclusões acerca das pessoas e de suas ações. Acho que preciso de uma "pessoa-guia" sensata que me ajude a ver como as coisas são. Ou se não puder ajudar nisso, que me dê uns bons tabefes na cara para me ajudar a pensar que tudo não é tão mau assim. Porque infelizmente minha imaginação sempre acha que o defeito é em mim.