Encontra-se

Encontra-se tudoo que se perde. Será que isso é bom? Acho que tem muitas coisas que eu quero deixar perdidas por aí.
Na minha janela, tem uns penduricalhos que fiz...e fui me recordar quando foi. Foi no começo desse ano, por conta do aniversário de uma amiga. Aí eu comecei a lembrar como estava naquela época: não estava segura, não conhecia francês, não tinha planos de gostar do trabalho, não tinha idéia de um sorriso confortante, não tinha me desatado de velhos fantasmas pálidos e de "glazes" acinzentados, não sabia que exame final é dolorido de fazer, não tinha esperança em controlar minha vida, não tinha idéia de como dirigir um carro, não tinha idéia de que trevas mentais podem ser perversas...tudo ainda era como um colorido e divertido primeiro ano. Pra morrermos secos e em crise no segundo, com exceção de pequenos fachos particulares de felicidade que eu ia buscar. Pra piorar, a greve cobriu a nós com seu manto, e as questões pariculares ficaram mais pesadas de se levar. Hoje em dia, alguns ecos dela ainda persistem, mas Deus queira que sejam só escos, sem força, como uma sindicância de uma festa que teve resultado digno de política brasileira.
Agora lutamos com dilemas felizes e delicadamente tristes, mudanças que doem por serem boas e más ao mesmo tempo, glazes de outras tonalidades que ainda não caíram em minhas mãos, acompanhados de sorrisos confortantes, porque são como o de pessoas queridas por mim, enfim, menos pesadelos e mais tempos folgados. Dias mais felizes podem vir, ainda. E eu como personagem principal disso tudo.