Perto de mim vivem diversos tipos, que fazem par com meu tipo ou que me suportam placidamente. Tenho uma enxurrada de modelos diferentes de vidas, conduts e comportamentos que desfilam, passam por mim e eu tenho que me equilibrar, me desdobrar pra tentar entender toda essa explosão de molho de tomate. Há aqueles que são os "ois" do dia a dia, cuja educação da educação me faz cumprimentar. É como se me sentisse no meio de uma festa, na qual em um canto pessoas derrubassem cerveja e vodca com refigerante no meu colo e por todo o chão, numa farra diária, do outro lado os meninos amigos sempre com seus comentários indiscretos, as colegas complicadas, as impossibilidades inatingíveis que sao minhas e de outros, as consultas psiquiátricas não pagas, o estudo em grupo, o comentarista engraçadinho viciado em risadas e atenção, aqueles que veneram o chão que passo (ok, esses são ultra raros), os que tratamos com carinho e pena pelas atitudes dos outros, aqueles que estou me adaptando para esquecer, enfim, um infinito de coisas que devemos lidar e que sempre me levam a pensar na falência de mim mesma, pois tentar servir a tudo é uma grande bosta. Aliás, ser multifacetada é uma grande bosta. A vida nos põe nas situações e é uma grande malandrona não nos dando um manual de instruções básicas de como usá-la. A gente carece de entendimento sobr muitas coisas, preciso admitir que não sei quase nada. Mas é tão complicado sair da posição de orgulho! Ser orgulhoso por conta do nosso pouquinho de inteligencia e experiência é como uma droga, dopa e conforta, mas detona a nossa mente depois, fecha as portas da amplificação. Daí vem a repetição e as coisas se tornam simplistas, não simples (como as coisas são preconizadas para ser).
É nessas horas que penso que seria ótimo me afundar numa piscina, imergir inteira e me sentir envolta por completo em alguma coisa que me conforte. Pode ser que eu me preocupe demais, mas não posso deixar minha vida ser 100% light, não combina comigo. Extremos não são legais, estou aprendendo a lidar com isso, 20 anos depois de ser espirrada no mundo. E moleza absoluta me deixa enervada. E estou criando alergia à rigidez absoluta também. Depois de 20 anos.
domingo, 22 de junho de 2008
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